André virá referência!

Não é difícil fazer uma leitura rápida do jogo do Santos quando o time tem Neymar em campo. Como em uma espécie de cartilha, a equipe sempre procura o craque. Agora sem seu maior astro, convocado pela Seleção de Mano Menezes para amistosos contra África do Sul e China (o volante Arouca também foi chamado), o "alvo" das bolas santistas tem sido André. E o centroavante não tem decepcionado. Em cinco jogos pelo Peixe no Brasileirão, ele marcou quatro gols, sendo três de cabeça. A média de 0,6 bolas na rede contando apenas os gols em cabeçadas pelo Alvinegro é a melhor da competição nacional neste fundamento.

Se somados os jogos de André pelo Atlético-MG, responsável por emprestá-lo ao Santos até o fim de 2013, ele cai para terceiro no quesito. Desta forma, o camisa 9 teria os mesmos três gols, mas em nove partidas (0,33), atrás de Alecsandro, do Vasco, com quatro gols de cabeça em 21 jogos (média de 0,19), e Bruno Mineiro, da Portuguesa, que fez os mesmos quatro gols, mas em oito oportunidades (0,5).

De qualquer forma, o jogador mostra que as insistentes cobranças do técnico Muricy Ramalho por uma referência na área faziam sentido. O treinador, aliás, costuma usar do artifício dos cruzamentos em suas equipes para tirar vantagem com a jogada. Foi assim, principalmente, no São Paulo tricampeão brasileiro entre 2006 a 2008.

Aparentemente, o Santos já aprendeu a procurar a nova referência em campo. Contra o Sport, já sem Neymar, na derrota por 2 a 1 do último domingo, na Ilha do Retiro, foi assim. Dos três gols de cabeça de André, aliás, só um teve a participação direta de Neymar: em outro revés, desta vez diante do Bahia, por 3 a 1, na Vila Belmiro, pela 20ª rodada. O terceiro foi o polêmico gol com impedimento triplo, marcado no clássico contra o Corinthians, com vitória santista por 3 a 2, pela 18ª rodada.

Contra o Fluminense, nesta quinta-feira, às 21h, no Engenhão, e diante do São Paulo, no clássico de domingo, às 16h, na Vila Belmiro, o Santos novamente não terá Neymar. Hora de André chamar a responsabilidade de novo e mostrar a eficiência pelo alto.